domingo, 22 de fevereiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA CIÊNCIA GEOGRAFICA EM SALA DE AULA

Ao se aproximar o início do ano letivo, é importante frisar a seriedade de um ensino de qualidade na Geografia, pois infelizmente o que se vê atualmente no âmbito escolar é um certo descaso com esta disciplina, tornando-a totalmente passiva e enfadonha, passando para os estudantes um ar de pouca ou nenhuma importância, sempre deixada em segundo plano, mas isso acontece principalmente pela forma com a qual muitos professores ainda utilizam para lecionar Geografia.
A visão ultrapassada de que a Geografia resume-se apenas em decorar as capitais dos estados e países, ou desenhar e colorir alguns mapas ainda é bastante utilizada em sala de aula, e este é um dos principais motivos pela falta de interesse nesta disciplina por parte dos estudantes. Um fato do qual se pode ter certeza é que esta ciência sem sombra de dúvida é bastante fascinante, e apenas pela origem da palavra pode-se perceber isto, do grego temos geo = Terra + graphien = descrever. Portanto, a Geografia descreve a terra, desde o seu surgimento, até as paisagens que resultaram da relação homem e natureza, estudando além desta relação (homem/natureza) a relação do homem na sociedade e com a sociedade nos mais variados aspectos. De maneira mais simples, a ciência geográfica se divide em física e humana. Na Geografia Física existem diversas áreas realmente instigantes, como: Geologia, que estuda dentre outros fenômenos o surgimento da terra, a Geomorfologia que estuda as formas do relevo terrestre, a Pedologia que estuda o solo, a Hidrogeografia que estuda a água do planeta, a Climatologia que estuda o clima e suas dinâmicas, a Biogeografia que estuda todos os tipos de vida na terra, dentre muitas outras.
Na Geografia humana que tem como principal objetivo estudar temas, relações e dinâmicas entre homem, sociedade e meio ambiente, temos outra infinidade de áreas, como: a Cartografia que é responsável pela criação e interpretação de mapas, a Demografia que estuda as dinâmicas populacionais de forma quantitativa e qualitativa, a Geografia urbana que estuda o surgimento e as transformações nas cidades, a Geografia das indústrias, a Geografia politica, a Geografia econômica, a Geografia agraria, dentre inúmeras outras áreas de assuntos relevantes para o Brasil e todo o planeta.
Na Geografia humana é importante frisar no que diz respeito à formação do pensamento crítico dos jovens estudantes, pois na abordagem de várias áreas da mesma, se discute muitas questões, como o sistema de produção vigente atual no mundo: o capitalismo. A dificuldade da aceitação de um desenvolvimento sustentável por parte dos países ricos, as desigualdades sociais, a corrupção brasileira na politica, etc.

Em suma, estes e outros assuntos deverão ser sempre debatidos em sala de aula, para que assim tenhamos jovens mais conscientes dos seus direitos e deveres como verdadeiros cidadãos, além de desenvolverem seu senso crítico, por isto, os educadores não podem (nem devem) perder a esperança.Sabemos que o futuro dos nossos estudantes não está completamente nas mãos dos seus docentes, mas, há de se convir que todos, que também já foram alunos sabem como a influência e o incentivo de um bom professor pode fazer transformações surpreendentes em seus alunos. No mais, apesar dos problemas corriqueiros que já sabemos sobre a falta de investimentos em uma educação de qualidade, cabe também a nós pensarmos qual o nosso papel como educadores, como sujeitos ativos no desenvolvimento e na exposição, não só da Geografia, mais das experiências que geram o conhecimento, sem nos ater a limites ou antigos paradigmas que podam o conhecimento.Lembremos de uma frase de Raul Seixas: “Prefiro ser uma metamorfose ambulante”. O educador é este ser que deve estar sempre se formando, antes de formar.


Referências: Disponível em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4648306, acesso em 22/02/2015.